A família sóbria

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Família. A primeira unidade social à qual o indivíduo pertence. Número de grupos domésticos ligados por descendência. Pai, mãe, irmãos, tios, avôs. Algumas compostas somente por pai, ou somente mãe, filhos de sangue ou não.

Família vai muito além disso. Relacionado a todo esse conceito, existem laços afetivos, fortes, incondicionais e inquebráveis. Quando o assunto é dependência química, a importância da família é ainda maior.

Para a Dra. Cláudia Soares, psicóloga e diretora terapêutica do Grupo Viva, “a maioria dos casos de dependência química ou alcoólica, tem histórico de problemas na família. A família exerce uma influência decisiva na formação da personalidade dos filhos. Quando há desestrutura no lar, existem mais chances de um dos membros desenvolverem problemas com substâncias que causam algum tipo de dependência. Não é regra, mas é muito comum”.

Por isso é importante o diálogo desde cedo. “Família não pode ser um amontoado de gente morando em uma casa. É preciso conviver, interagir, conversar, se preocupar com cada um. Olhem nos olhos uns dos outros pelo menos uma vez por dia. Penso que esse seja um grande passo ao falar de família. Infelizmente, é muito difícil ver relações assim hoje em dia”, lamenta a psicóloga.

Durante o tratamento, os familiares mostram que o diálogo ainda existe, mantendo o paciente motivado. Cláudia reforça: “Não existe aprendizado sem sofrimento. Todos nós devemos passar por frustrações, isso é decisivo para a formação do caráter.

Quando a família acompanha o desenvolvimento do paciente, o resultado é muito melhor. Contamos com as UAPS (Unidades de Apoio Psicossocial), clínicas especializadas que acompanham e auxiliam as famílias, em unidades espalhadas pelo Brasil”.

Na volta para casa, o dependente deve encontrar um ambiente acolhedor, porém não permissivo, afastando-se de uma possível recaída. “É importante mostrar para o dependente que a família ainda confia nele. Não é necessário proibir, fiscalizar.

Os limites devem existir, mas sempre com diálogo, ajudando o dependente a evitar locais de risco. Conversar é a melhor maneira de mostrar que ainda existe possibilidade de união e respeito na casa”, afirma a psicóloga.

Para que o dependente mude é preciso que a família mude também. É preciso haver mudanças na rotina como redefinição de papéis, identificação de regras, definição e reforço dos limites entre os moradores da casa.

Fonte: Gabrielle Albuquerque – Assessoria de Imprensa Grupo Viva

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