Alcoolismo e o trabalho: uma combinação perigosa

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Uma combinação perigosa e, infelizmente, muito comum. Trata-se do alcoolismo e o trabalho, no qual expõe o trabalhador a riscos desnecessários, além de prejudicar a carreira profissional. Neste texto, separei alguns dados importantes sobre esta relação.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, o álcool é responsável por 50% das faltas no serviço. Além de ser um problema de saúde pública, o alcoolismo causa uma série de prejuízos para a carreira do trabalhador. Os mais comuns são a ausência e a queda de produtividade, uma vez que o funcionário muitas vezes não consegue usar todo o seu potencial.

E qual é o papel das organizações na prevenção e no tratamento desse mal? De uma maneira geral, o empregado que demonstre problemas de alcoolismo fora do ambiente de trabalho deve ser encaminhado pela empresa à Previdência Social. “Caso haja afastamento por período inferior a 15 dias, o pagamento de salário corre por conta do empregador. Para afastamentos por períodos superiores, há direito a benefício previdenciário e, portanto, a remuneração passa a ser feita pelo INSS, dentro das regras da previdência”, explica Márcia Bandini, médica do trabalho e diretora da ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho).

Veja também: Alcoolismo: saiba onde encontrar um tratamento gratuito

Por falar em INSS, a concessão do auxílio-doença para segurados com doenças crônicas relacionadas ao álcool e às drogas proibidas aumentou 39,2% de casos na comparação entre 2099 e 2014. A média diária de afastamentos, após a perícia médica no INSS, subiu de 89,9 para 125,2 trabalhadores no país. O estado de São Paulo lidera o ranking com 34,1% dos casos.

A alta dos transtornos mentais e comportamentais causados por substâncias tóxicas (legais e ilegais) é uma tendência mundial. Porém, o ritmo registrado na Previdência serve como um sinal de alerta.

“Entre 2009 e 2013, a massa de trabalhadores que paga o INSS cresceu 24,7%. No mesmo período os casos de auxílio doença mental por álcool e drogas cresceu 50%”, disse Marco Perez, diretor de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social.

Entre as ações que a pasta federal adota para conter a alta desses tipos de afastamentos estão projetos conjuntos com o Ministério da Saúde em campanhas de prevenção. “O grande problema é droga legal, o álcool, que causa, além de afastamentos prolongados, mais casos de auxílio-doença, aposentadorias por invalidez e pensões por morte”, afirmou Perez.

Dados de: Diário de São Paulo e Supermercado Moderno.

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