Por que é preocupante ver uma grávida ingerindo bebidas alcoólicas?

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Embora gravidez não seja doença, é preciso que as mulheres tenham alguns cuidados extras durante este período, pois trata-se da formação de um indivíduo. No entanto, não é raro ver alguma grávida ingerindo bebidas alcoólicas. Saiba a seguir o porquê isso é arriscado para o bebê.

Dados

Uma em cada 10 mulheres grávidas nos Estados Unidos afirma beber, segundo dados divulgados por especialistas no mês passado. O estudo foi feito tendo como base uma enquete por telefone com a população dos Estados Unidos, e dados de todos os 50 estados e o Distrito Federal de mulheres com idades entre 18 e 44 anos.

No Brasil, não há dados específicos, porém, não é preciso ir muito longe para ver alguma grávida ingerindo bebidas alcoólicas. Provavelmente você conhece alguma mulher que já fez isso.

Consequências do álcool na gravidez

“Sabemos que o uso de álcool durante a gravidez pode causar defeitos congênitos e problemas de desenvolvimento em bebês, bem como um aumento do risco de outros problemas de gravidez, como aborto espontâneo, morte fetal e prematuridade”, explicou Coleen Boyle, diretora do departamento de Doenças Congênitas e Deficiências de Desenvolvimento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Casos de SAF são subestimados

Outra consequência de uma grávida ingerindo bebidas alcoólicas é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que não tem cura e que pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Por vezes, só é descoberto em fase escolar, quando há dificuldade no aprendizado, por exemplo. A SAF é totalmente prevenível, basta que a grávida evite qualquer substância alcoólica.

A frequência da síndrome alcoólica fetal (SAF) não é uniforme nas diferentes partes do mundo. Admitia-se, de maneira geral, que fosse da ordem de 0,5 a 2 casos / 1000 nascidos vivos, segundo Bertrand e colaboradores, em 2005, mas esses dados foram considerados subestimados. Pesquisas recentes de May e colaboradores, em 2011, indicam que seja de 6 a 7 casos/1000 nascidos vivos, o que segundo esses autores é  mais condizente com a realidade no mundo ocidental.

Pode-se explicar essa discrepância por vários fatores: 1) reconhecimento inadequado das características físicas e comportamentais dos afetados pela equipe de saúde; 2) falhas na identificação das características da SAF nos prontuários médicos; e 3) falha em considerar a exposição pré-natal ao álcool relacionada a diagnósticos de problemas de conduta e aprendizado.

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