Álcool é a droga que mais mata no Brasil

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A cada ano, cerca de 8 mil pessoas morrem em decorrência do uso de drogas lícitas e ilícitas no Brasil. Um estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que, entre 2006 e 2010, foram contabilizados 40,6 mil óbitos causados por substâncias psicoativas. O álcool aparece na primeira colocação entre as causas, sendo responsável por 85% dessas mortes.

Para elaborar o estudo, a CNM coletou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que reúne e consolida os óbitos no território brasileiro conforme os locais da ocorrência e de residência do indivíduo. De acordo com o levantamento, as 40.692 pessoas morreram no Brasil vítimas do uso de substâncias como álcool, fumo e cocaína. E os dados podem estar subestimados, conforme a própria confederação, devido à complexidade de registros no SIM e pelo fato de não serem contabilizadas mortes causadas indiretamente pelo uso de drogas, como acidentes de trânsito e doenças crônicas. No estudo foram contabilizadas mortes em decorrência de envenenamento (intoxicação), transtornos mentais e comportamentais.

Drogas ilícitas são minoria dos casos

Quando se fala em drogas, substâncias ilícitas, como cocaína e crack, costumam ser as mais lembradas. Segundo o levantamento da CNM, contudo, elas são responsáveis por uma parcela mínima das mortes causadas diretamente pelo seu consumo. Juntos, o álcool e o fumo, drogas vendidas e consumidas legalmente, representam 96% dos mais de 40 mil óbitos contabilizados nos últimos anos.

Mortes indiretas elevariam os números

Se o número de 40 mil mortes em cinco anos já é considerado preocupante, é preciso lembrar que ele representa apenas uma parcela dos óbitos em consequências do uso de drogas no Brasil. O estudo levou em consideração somente as mortes em que o consumo de substâncias psicoativas foi apontado como causa direta. Ou seja, existe um contingente ainda maior de óbitos não contabilizados que podem entrar nessa relação.

Com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, foram selecionadas as ocorrências a partir do que indicavam os atestados de óbito. Dessa forma, não foram contabilizadas as mortes decorrentes de doenças crônicas ou acidentes de trânsito. “Dos casos de câncer de pulmão, 95% são decorrentes do fumo. Grande parte dos acidentes com morte é causada por motoristas embriagados. O número de mortes relacionadas a drogas é extremamente superior aos dados formais”, observa o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Para o médico Élio Mauer, o álcool se constitui na mais perigosa das drogas porque, além de ser legalizada, pode dar origem a uma série de outros problemas. “Além das mortes por acidentes de trânsito, temos as doenças decorrentes do uso contínuo , como as hepáticas, que podem matar”, diz. A depressão muitas vezes também está associada ao consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas.

Grande parte das mortes contabilizadas no estudo, 34,5 mil, ocorreram em decorrência do uso de álcool. Somente no Paraná, foram 2.338 vítimas. É o estado com o quarto maior índice em proporção à população, ficando atrás somente de Minas Gerais, Ceará e Sergipe.

Fonte: Gazeta do Povo

5 Comentários



  1. A lei seca veio para diminuir o consumo do álcool nas estradas,mas ė necessário,mais rigor nas punições.

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  2. É um absurdo ver uma grande parte da sociedade totalmente escrava dessa droga,e o pior é que mesmo tendo leis para amenizar o problema, infelizmente ela é ignorada pelas próprias,e todos sai perdendo.Diz uma reportagem:a droga da moda é legalizada e a faixa etária da primeira dose já caiu para 10 anos.O álcool provoca impotência sexual,epilepsia,alucinações,demência,câncer,cirrose,gastrite,síndrome fetal,distúrbios no coração e outras anomalias mais e isso não é mostrado nas propaganda dessa e outras drogas.

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  3. Por que existe até manifestações pró maconha, não vejo nenhuma campanha para diminuir a publicidade das bebidas alccolicas, e não vejo pressão para que aprove leis neste sentido. Ou manifestações públicas contra as bebidas alcóolicas.

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  4. Quando os adutos perceberem que não pode enssinar as crianças a beber e os pais assumirem a responsabilidade soubre cada filho, com certesa esses porcentagem de 85% baixarar

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