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Cerca de 25% dos acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil estão ligados ao consumo de drogas, principalmente álcool, segundo especialistas que participam em São Paulo do 37º Simpósio Internacional sobre a Prevenção e o Tratamento de Alcoolismo e o 20º Simpósio Internacional sobre a Prevenção e Tratamento da Drogadependência.

Mas o País apresenta também um dos maiores índices mundiais de recuperação – 60% a 80% – de trabalhadores alcoólatras em terapia de grupo desenvolvido dentro das próprias empresas.

Mais de 150 especialistas estão reunidos nos eventos promovidos pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Alcoolismo e Farmacodependências do Hospital das Clínicas (Grea) e pelo International Council on Alcohol and Addictions (Icaa), da Suíça. Os encontros foram abertos ontem (1) e prosseguem até sexta-feira, no Maksoud Plaza.

De acordo com o coordenador do Grea e presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (Abead), Arthur Guerra de Andrade, o número de pessoas que apresentam problemas físicos e psíquicos causados pelo álcool aumentou em 50% nos últimos 10 anos.

A principal causa deste crescimento é a crise econômica. Hoje 22,5 milhões de pessoas tomam bebidas alcoólicas com freqüência. “A falta de dinheiro provoca problemas de ordem social e psicológica”, disse Guerra Andrade, que também faz parte do Conselho Federal de Entorpecentes (Confen).

Entre os jovens de 12 e 16 anos, 90% experimentam álcool pelo menos uma vez. Quanto às drogas, o consumo atinge de 6% a 8% da população. “O perfil do Brasil mudou nos últimos anos”, salientou o coordenador do Grea. “De rota de tráfico, o País passou a ser também consumidor e produtor”.

A experiência brasileira na recuperação de trabalhadores alcoólatras está entusiasmando os americanos e europeus, disse o diretor do Centro para Tratamento Vila Serena, John E. Burns. Segundo ele, a estrutura funcional adotada pelas empresas no Brasil possibilitam um trabalho de terapia de grupo com resultados muito positivos.

Fonte: Catho

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