Como orientar os pacientes sobre o consumo do álcool?

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Pesquisas demonstrando efeitos benéficos à saúde do consumo de bebidas alcoólicas em quantidades moderadas não são exatamente uma novidade. Geralmente, esses benefícios são relacionados a bebidas fermentadas, com mais baixo teor alcoólico e diversas outras substâncias além do álcool, potencialmente benéficas e que não são encontradas nas bebidas destiladas, que concentram mais álcool e são mais “pobres” em outras substâncias.

Muitas pessoas consomem álcool sem maiores problemas, mas não devemos esquecer do potencial do álcool como gerador de doenças e incapacidade.

Não existe consumo isento de risco, mas pode se falar em consumo de baixo risco.

Mesmo a questão do que seria beber moderado envolve alguma controvérsia. para quem tiver interesse, dê uma olhada no artigo que foi resumido no site na seção “Artigo da Semana”.

Assim, profissionais de saúde devem considerar alguns pontos ao discutir álcool com seus pacientes (algo que deveriam fazer mais freqüentemente):

1. Não encorajar quem não bebe nada a começar a beber;

2. Para quem já bebe, fermentados são geralmente mais seguros que destilados, mas deve se considerar a dose total;

3. Beber num ritmo tal que o álcool possa ser adequadamente metabolizado (não mais que 1 dose por hora), intercalando bebidas alcoólicas com não alcoólicas;

4. Consumo de baixo risco: HOMENS = não mais que 14 doses por semana, não mais que 4 por ocasião; MULHERES = não mais que 7 doses por semana, não mais que 3 numa única ocasião. Clique para mais informações!

5. NÃO EXISTE CONSUMO ISENTO DE RISCO (ex. uma dose antes de dirigir sempre é risco)

6. Algumas pessoas e situações exigem ainda mais cuidados com relação ao consumo de álcool: mulheres grávidas (ou planejando engravidar), pessoas com mais de 65 anos, uso de medicamentos que interajam com o álcool e algumas condições de saúde.

7. Indivíduos com histórico de abuso ou dependência de álcool devem evitar o álcool. É mais comum do que se imagina (cerca de 10% da população geral: 17% dos homens e 6% das mulheres, mas vem aumentando nesse grupo).

Fonte: Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein

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