Alcoolismo feminino: como identificar a doença mostrada em Amor à Vida

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A novela Amor à Vida (Globo) está abordando um importante tema: o alcoolismo feminino. A personagem Vivian, interpretada pela atriz Ângela Dip, sempre era vista em cena consumindo bebida alcoólica. Até um dia sentiu-se mal e foi parar no hospital. Após exames, um diagnóstico comum em pessoas dependentes de álcool: cirrose. Mesmo com todas as evidências, Vivian negava a doença. O que é outro fator comum para quem é alcoolista.

Em uma pesquisa realizada pela Unifesp, o número de mulheres que admitem beber frequentemente, ou seja, pelo menos uma vez por semana, cresceu 34,5% no período de 2006 a 2012. E, embora seja um tabu, é preciso reconhecer que uma mulher pode, sim, ser dependente do álcool.

De acordo com a psicóloga doutoranda em psicologia clínica, Sonia Paes Breda, da Clínica Terapêutica Viva, há vários fatores que podem desencadear o alcoolismo feminino, como a ansiedade, angústia, insegurança, condições culturais, fácil acesso ao álcool e até mesmo o histórico familiar de alcoolismo. “Nesse caso, a pessoa herda geneticamente a predisposição à dependência e pode apresentar mais chances de aderir à compulsão por bebidas alcoólicas”, explica.

O alcoolismo não destrói apenas a vida da pessoa, mas, também, as relações pessoais e profissionais. “O uso crônico do álcool leva a mudanças psicológicas profundas, alterando padrões éticos e emocionais de uma pessoa, deteriorando as relações familiares e sociais”, diz a psicóloga.

Mas como identificar que uma mulher está bebendo demais? Sonia aconselha observar se a pessoa precisa aumentar as doses de álcool cada vez mais ou sente necessidade de beber para não apresentar os sintomas de abstinência como tremores, náuseas, dor de cabeça e vômito. “Também são sinais de alerta faltar no emprego sem justa causa, irritar-se quando alguém critica sua bebida, envolver-se com brigas constantes e beber logo pela manhã. São vestígios de que a pessoa precisa procurar ajuda”, alerta Sonia.

O alcoolismo tem tratamento e não há diferenciação pelo sexo. A psicóloga explica que, após a desintoxicação, a paciente passa por formas de terapia em grupo e psicoterapia individual, para que possa lidar com os aspectos emocionais que a leva beber. Além de aprender técnicas para evitar as recaídas. Em alguns casos, é preciso internação.

Saiba mais detalhes sobre tratamento para alcoolismo.

 

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