Alcoolismo na adolescência pode começar em casa

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Exemplo de familiares e estímulo de amigos colaboram com o consumo precoce de bebida alcoólica

Conhecida pelas transformações hormonais e psicológicas, que geram estados de rebeldia e variação de humor, a adolescência também pode abrir as portas para o alcoolismo. De acordo com a psicóloga da Clínica Maia, Jussara Cavalcanti, sem afastar fatores genéticos e emocionais para o consumo precoce de bebidas alcoólicas, o problema pode ter origem pelo mau exemplo e falta de limites impostos pelos pais ou responsáveis.

A especialista alerta que tem aumentado significativamente o número de adolescentes que atende envolvidos com o álcool. “Isso se torna mais evidente quando avaliamos o histórico de meninos e meninas que recebemos na clínica“, afirma.

A soma das facilidades do mercado de bebida – fácil acesso e baixo custo – além da cultura de que é “melhor” que o filho consuma álcool do que utilize drogas para se divertir, podem ajudar a levar o adolescente ao alcoolismo, com grandes chances de manter o vício na vida adulta.

Segundo a psicóloga, os prejuízos do consumo abusivo e precoce do álcool para a mente são muitos. “A bebida afeta a capacidade cognitiva e prejudica o desenvolvimento do cérebro e da memória, o que compromete o desempenho escolar, além dos relacionamentos social e familiar de forma geral“, explica Jussara.

No corpo, o órgão mais atingido pelo álcool é o fígado, que pode perder as funções por desenvolvimento de cirroso, doença crônica de fibrose no fígado. Mas, a infertilidade, impotência, doenças nos rins, no coração e no estômago também estão na lista dos problemas causados pelo vício. “Alguns adolescentes só consomem bebida alcoólica nos fins de semana, mas o excesso nessas ocasiões também promove graves danos biológicos“, reforça a especialista.

O primeiro passo para o tratamento, comenta Jussara, é a conscientização sobre a dependência e a necessidade do tratamento em regime de internação, já que o paciente dificilmente consegue sair sozinho do vício. “Temos de ressaltar a importância do trabalho integrado entre clínica, paciente e família. Tratar aspectos emocionais, físicos e psicológicos com o apoio de uma equipe especializada e multidisciplinar, que possa acolher o paciente e orientar todos os envolvidos, é importante. Só assim, poderemos ter êxito“, conclui a psicóloga.

Fonte: http://www.ligacaoteen.com.br/

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