Histórico familiar de abuso de álcool apresenta um menor poder de decisão antes de consumir bebidas alcoólicas.

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RIO — Quem tem histórico familiar de abuso de álcool apresenta um menor poder de decisão antes de consumir bebidas alcoólicas. Este foi o resultado do estudo feito por pesquisadores da Society for Neuroscience (Sociedade para Neurociência) e publicado na eNeuro, revista científica da instituição. No trabalho foi observado que o córtex pré-frontal — região do cérebro responsável pela tomada de decisão — daqueles que tinham histórico familiar de consumo excessivo de álcool era menos ativo — portanto dava menos oportunidade de negar bebidas — do que naqueles que não possuíam o histórico. Os pesquisadores compararam a atividade do córtex pré-frontal antes e durante o consumo de bebidas em dois tipos de ratos. Um modelou um histórico familiar de abuso de álcool, enquanto o outro não apresentava este registro. A região cerebral era ativa durante o consumo de bebidas alcoólicas em ambos os tipos de ratos, mas a atividade pré-consumo só foi vista naqueles que não tinham história familiar de consumo compulsivo.  — Uma pessoa criada em um ambiente de consumo de álcool abusivo tem maior propensão a desenvolver ansiedade, depressão e vícios. O material genético passado pelos pais apresentam alguns defeitos que impossibilitam que os filhos criem resistência ao álcool. Eles ficam sem limites para o consumo — explica o psiquiatra Jorge Jaber, especialista em dependência de drogas.  Esses achados sugerem que o córtex pré-frontal codifica diretamente a intenção de consumir álcool. Mas este processo acontece de maneira menos eficiente naqueles com maior risco de abuso alcoólico. Restaurar a atividade do córtex pré-frontal em indivíduos com predisposição ao excesso de bebida pode ser uma nova abordagem para o tratamento de transtornos por uso de álcool. — É importante ressaltar que esses dados destacam ainda mais a necessidade de considerar o risco herdado ou genético ao desenvolver estratégias de tratamento para o consumo de álcool excessivo — afirma David N. Linsenbardt, do departamento de psicologia da Universidade de Indiana e do Centro de Pesquisas de Álcool de Indiana. Livre-se do vício Alcoólicos anônimos (AA) Este é um grupo de ajuda mutua entre pessoas que são viciadas em bebidas. É possível encontrar grupos pelo site da organização:www.aa.org.br Ajuda psiquiátrica A especialidade médica que trata de vícios é a psiquiatria. Procure por um especialista para dar início ao tratamento Auxílio psicológico A terapia com um psicólogo pode ajudar a entender os motivos que levam você a beber e como controlar estes impulsos. Este é um tratamento complementar ao psiquiatra Busque pela espiritualidade Conectar-se a sua espiritualidade ajuda a se libertar de vícios por estabelecer um novo propósito de vida   Fonte:Jornal Globo

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