A ação do álcool no organismo

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A ingestão de bebidas alcoólicas provoca diversas ações em todo o organismo. Existem problemáticas relacionadas ao sangue, coração, cérebro, boca, faringe, esôfago, garganta, estômago, intestinos, fígado, pâncreas, laringe, brônquios, pulmões, órgãos dos sentidos como vista e ouvidos, órgãos secretores da urina, os rins.

O álcool é seguramente a droga mais relacionada ao uso abusivo. Apesar dos inúmeros trabalhos de pesquisa que comprovam os malefícios que produz à saúde, ainda persiste o mito que “alguns goles” não são significativos em relação à diminuição do desempenho psicomotor na realização de certas atividades.

É um depressor das atividades do sistema nervoso central. É uma droga lícita que tem efeitos dependentes da dose consumida.

Existe o consenso de que a ingestão de álcool antes de executar tarefas que exigem da coordenação motora resulta em desempenhos ruins e risco aumentado de perda de controle sobre a atividade realizada.

Isto é válido mesmo que a pessoa se sinta bem e que aparentemente esteja normal em seu comportamento.

O álcool tem efeito direto sobre a transmissão e condução nervosa. Ele tem ação inibitória sobre a transmissão nervosa funcionando como um narcótico. Parece claro que o desempenho motor está prejudicado em função dos seus efeitos depressores sobre a atividade do sistema nervoso central e dos nervos periféricos que carregam sinais nervosos aos músculos resultando em movimento.

Ou seja, pelo retardo na condução do estimulo nervoso que ele provoca em o todo o sistema nervoso há um prejuízo na realização de tarefas que exijam da psicomotricidade.

O sangue tem a função de nutrir o corpo, ele leva, através dos vasos até os tecidos a maioria dos elementos necessários para a reconstituição do órgão. O sangue é formado por milhões de hemácias (glóbulos vermelhos) e o álcool, em excesso, altera esses glóbulos, com isso o sangue deixa de nutrir ou nutre com deficiência os tecidos da maioria dos órgãos.

A parte do corpo que recebe mais sangue é o cérebro e, por isso, é a região onde ele apresenta o maior grau de nocividade. A droga mais usada por toda a população mundial afeta a química do cérebro, deformando os níveis de neurotransmissores, que são mensageiros que transmitem sinais, pra todo o corpo, controlando o pensamento, emoções e o comportamento do indivíduo. Os neurotransmissores são excitatórios (glutamato) quando estimulam a atividade elétrica do cérebro e inibitórios (GABA), quando a reduzem.

O álcool potencializa a ação inibidora do GABA, responsável pela fala enrolada e pelos movimentos lentos, e inibe a ação excitatória do Glutamato deixando a pessoa relaxada e calma. Além dessas alterações a bebida alcoólica eleva a quantidade de dopamina no Sistema Nervoso Central, o que cria as sensações de prazer.

O abuso do álcool, com o decorrer dos anos, vai causando inúmeros desgastes na saúde. O álcool é um tóxico para o organismo, destruindo células. Grandes doses, bebidas durante um longo período de tempo podem danificar a maior parte dos órgãos vitais. A dependência instala-se de modo lento e insidioso. Ela pode, mesmo antes de ser reconhecida, ter já causado inúmeros danos, e até provocar em alguns casos, a morte.

Todo o dia é relatado que vidas são destruídas e que há acidentes e mortes que resultaram do abuso do álcool e de outras drogas que afetam o desempenho do ser humano. As informações disponíveis sobre as alterações relacionados ao uso do álcool devem ser informadas a todas as pessoas para que eles possam construir seus sistemas de valores individuais.

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